domingo, 26 de abril de 2015


LIÇÃO 6

Eu estou transtornado porque vejo algo que não existe.

Os exercícios com essa ideia são muito similares aos precedentes. Mais uma vez, para qualquer aplicação da ideia, é necessário citar tanto o nome da forma do transtorno [raiva, medo, preocupação, depressão, e assim por diante] quanto da fonte, tal como a percebes de modo bem específico.

Por exemplo:

Eu estou com raiva de ________ porque vejo algo que não existe.

Eu estou preocupado com ________ porque vejo algo que não existe.

É útil aplicar a ideia de hoje a qualquer coisa que pareça transtornar-te e ela pode ser usada com proveito ao longo do dia para esse propósito. Todavia, os três ou quatro períodos de prática que são requeridos devem ser precedidos, como antes, de uma investigação da tua mente de cerca de um minuto, e ideia deve ser aplicada a cada pensamento que te transtorne e que seja descoberto na investigação.

Mais uma vez, se resistes em aplicar a ideia a alguns pensamentos transtornadores mais do que a outros, lembra-te dos dois avisos colocados na lição anterior:

Não há pequenos transtornos.
Todos eles são igualmente perturbadores para a paz da minha mente.
e:
Eu não posso guardar essa forma de transtorno e abandonar as outras.
Assim, para os propósitos destes exercícios, vou considerá-las todas como a mesma.



domingo, 19 de abril de 2015

Lição 05


LIÇÃO 5

Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.

Essa ideia, como a precedente, pode ser usada com qualquer pessoa, situação ou evento que no teu pensamento estejam te causando dor. Aplica-a especificamente a qualquer coisa que acredites ser a causa do teu transtorno, usando para a descrição do sentimento quais termos que te parecerem exatos. O transtorno pode parecer ser medo, preocupação, depressão, ansiedade, raiva, ódio, ciúme ou inúmeras outras formas, das quais todas serão percebidas como diferentes. Isso não é verdadeiro. Contudo, até aprenderes que a forma não importa, cada uma vez a ser um sujeito apropriado para os exercícios do dia. Aplicar a mesma ideia a cada uma delas separadamente é o primeiro passo para reconheceres que, em última instância, todas são a mesma.

Ao usares a ideia de hoje para algo que percebes como a causa específica de qualquer forma de transtorno, usa tanto o nome da forma na qual vês o transtorno quanto a causa a que tu o atribuis. Por exemplo:

Não estou com raiva de ___________ pela razão que imagino.

Não estou com medo de ___________pela razão que imagino.

Todavia, mais uma vez, isso não deve substituir os períodos de pratica em que primeiro procuras na tua mente as “fontes” do transtorno no qual acreditas, e as formas do transtorno que pensas resultarem delas.

Nestes exercícios, mais do que nos precedentes, podes achar difícil ser indiscriminado e evitar dar a alguns sujeitos maior peso do que a outros. Talvez ajude, se precederes os exercícios com a declaração:

Não há pequenos transtornos. Todos eles perturbam do mesmo modo a paz da minha mente.

Em seguida, examina a tua mente procurando o que quer que seja que esteja te afligindo, independentemente de achares que isso está te afligindo muito ou pouco.

Também podes estar menos disposto a aplicar a ideia de hoje a algumas das coisas que percebes como fontes de transtorno mais do que a outras. Se isso ocorre, pensa primeiro no seguinte:

Eu não posso guardar essa forma de transtorno e abandonar as outras. Assim, para os propósitos destes exercícios, vou
considerá-las todas como a mesma.

Então, investiga a tua mente por não mais de um minuto e tenta identificar algumas formas diferentes de transtorno que estão te perturbando, independentemente da relativa importância que possas lhes dar. Aplica a ideia para o dia de hoje a cada uma delas, usando tanto o nome da fonte do transtorno como a percebes, quanto do sentimento como o experimentas. Outros exemplos são:

Eu não estou preocupado com _______ pela razão que imagino.

Eu não estou deprimido com _______ pela razão que imagino.

Três ou quatro vezes durante o dia é o suficiente.






domingo, 1 de março de 2015

Lição 04

Esses pensamentos não significam nada.
São como as coisas que eu vejo nesse quarto
[nessa rua, dessa janela, nesse lugar].


Distintos dos anteriores, estes exercícios não começam com a idéia para o dia. Nestes períodos
de prática, começa notando os pensamentos que estão cruzando a tua mente durante mais ou menos
um minuto. Em seguida, aplica a idéia a eles. Se já estiveres ciente de pensamentos infelizes, usa-os
como sujeitos para a idéia. Todavia, não seleciones apenas os pensamentos que pensas que são
“maus”. Acharás, treinando-te a olhar para os teus pensamentos, que representam uma tal mistura
que, de certa forma, nenhum deles pode ser chamado de “bom” ou “mau”. É por isso que não
significam nada.
Ao selecionares os sujeitos para a aplicação da idéia de hoje, a especificidade usual é requerida. Não
tenhas medo de usar tanto os pensamentos “bons” quanto os “maus”. Nenhuma deles representa os teus
pensamentos reais, que estão sendo cobertos por eles. Os “bons” são apenas sombras daquilo que está além, e
sombras fazem com que seja difícil ver. Os “maus” são bloqueios para a vista, e fazem com que seja
impossível ver. Não queres nenhum dos dois.
Esse é um dos exercícios principais e será repetido de vez em quando de forma um pouco diferente. O
objetivo aqui é o de treinar-te nos primeiros passos em direção à meta de separar o que é sem significado
daquilo que é significativo. É uma primeira tentativa no propósito de longo alcance de aprenderes a ver o sem
significado como estando fora de ti e o significativo dentro de ti. Também é o começo do treinamento da tua
mente para reconhecer o que é o mesmo e o que é diferente.
Ao usares os teus pensamentos para a aplicação da idéia para o dia de hoje, identifica cada pensamento
pela figura central ou evento que ele contém, por exemplo:
Esse pensamento sobre ____________ não significa nada. É como
as coisas que vejo nesse quarto [nessa rua, e assim por diante].
Também podes usar a idéia para algum pensamento em particular que reconheças como danoso.
Essa prática é útil, mas não é um substituto para os procedimentos mais casuais que devem ser
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seguidos para os exercícios. Contudo, não examines a tua mente por mais de um minuto aproximado.
Ainda és por demais inexperiente para evitar uma tendência a preocupar-te de forma inútil.
Além disso, como estes exercícios são os primeiros deste tipo, podes achar a suspensão de julgamento
em conexão com os pensamentos particularmente difícil. Não repitas estes exercícios mais de três ou quatro
vezes durante o dia. Nós voltaremos a eles mais tarde.





quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Lição 3

Eu não compreendo coisa alguma do que vejo, nesse quarto(nessa rua, dessa janela, nesse lugar).
Aplica essa idéia do mesmo modo que as anteriores, sem fazer qualquer tipo de distinção. O que quer que vejas vem a ser um sujeito apropriado para aplicar a idéia. Certifica-te de não questionar a adequação do que quer que seja para a aplicação da idéia. Estes não são exercícios de julgamento. Qualquer coisa é adequada, desde que a vejas. Algumas das coisas que vês podem ter um significado emocionalmente carregado para ti. Tenta colocar esses sentimentos de lado e, meramente, usa-as assim como usarias outra coisa qualquer.
O sentido dos exercícios é o de ajudar-te para que limpes a tua mente de todas as associações passadas para veres as coisas exatamente como aparecem para ti agora e para que reconheças quão pouco realmente compreendes a respeito delas. Portanto, é essencial que mantenhas uma mente perfeitamente aberta e desembaraçada de julgamento ao selecionar as coisas às quais a idéia para o dia deve ser aplicada. Para esse propósito uma coisa é como qualquer outra, igualmente adequada e, portanto, igualmente útil.





Lição 2


Eu tenho dado a tudo o que vejo nesse quarto (nessa rua, dessa janela, nesse lugar) todo o significado que tem para mim.
Os exercícios com essa idéia são os mesmos que os da primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti, e aplica a idéia a qualquer coisa sobre a qual o teu olhar pousar. Depois, aumenta o âmbito para fora, vira a cabeça para incluir o que quer que esteja em qualquer um dos lados. Se possível, vira-te e aplica a idéia àquilo que estava atrás de ti. Continua sendo tão indiscriminado quanto for possível ao selecionar os sujeitos para a aplicação dessa idéia, não te concentres em anda em particular e não tentes incluir tudo o que vês em uma determinada área, ou introduzirás tensão.
Meramente dá uma olhada com naturalidade e razoável rapidez à tua volta, tentando evitar qualquer seleção por tamanho brilho, cor, material, ou relativa importância para ti. Considera os sujeitos simplesmente como os vires. Tenta aplicar o exercício com igual facilidade a um corpo ou a um botão, a uma mosca ou ao chão, a um braço ou a uma maçã. O único critério para a aplicação da idéia a qualquer coisa é meramente que os teus olhos a tenham tocado. Não tentes incluir coisa alguma em particular, mas certifica-te de que nada seja especificamente excluído.




Lição 1

Nada do que eu vejo nesse quarto (nessa rua, dessa janela,nesse lugar) significa coisa alguma.
Agora, olha vagarosamente à tua volta e pratica aplicando essa idéia, de modo muito específico, a qualquer coisa que vejas:
Essa mesa não significa nada.
Essa cadeira não significa nada.
Essa mão não significa nada.
Esse é não significa nada.
Essa caneta não significa nada.
Então, olha além do que o que está imediatamente à tua volta e aplica a idéia a um âmbito mais amplo:
Aquela porta não significa nada.
Aquele corpo não significa nada.
Aquela lâmpada não significa nada.
Aquele cartaz não significa nada.
Aquela sombra não significa nada.
Nota que estas declarações não estão agrupadas em nenhuma ordem e não fazem nenhuma distinção quanto às diferenças entre os tipos de coisas às quais são aplicadas. Esse é o propósito do exercício. A declaração deve ser meramente aplicada a qualquer coisa que vês. Ao praticares a idéia do dia, usa-a com total indiscriminação. Não tentes aplicá-la a tudo o que vês, pois estes exercícios não devem se tornar ritualísticos. Apenas certifica-te de que nada do que vês seja especificamente excluído. Qualquer coisa é como qualquer outra no que concerne à aplicação da idéia.
Cada uma das três primeiras lições não deve ser praticada mais do que duas vezes por dia, de preferência pela manha e à noite. Também não se deve tentar fazê-las por mais de um minuto, aproximadamente, a menos que isso implique em uma sensação de pressa. Uma sensação confortável de lazer é essencial.