domingo, 1 de março de 2015

Lição 04

Esses pensamentos não significam nada.
São como as coisas que eu vejo nesse quarto
[nessa rua, dessa janela, nesse lugar].


Distintos dos anteriores, estes exercícios não começam com a idéia para o dia. Nestes períodos
de prática, começa notando os pensamentos que estão cruzando a tua mente durante mais ou menos
um minuto. Em seguida, aplica a idéia a eles. Se já estiveres ciente de pensamentos infelizes, usa-os
como sujeitos para a idéia. Todavia, não seleciones apenas os pensamentos que pensas que são
“maus”. Acharás, treinando-te a olhar para os teus pensamentos, que representam uma tal mistura
que, de certa forma, nenhum deles pode ser chamado de “bom” ou “mau”. É por isso que não
significam nada.
Ao selecionares os sujeitos para a aplicação da idéia de hoje, a especificidade usual é requerida. Não
tenhas medo de usar tanto os pensamentos “bons” quanto os “maus”. Nenhuma deles representa os teus
pensamentos reais, que estão sendo cobertos por eles. Os “bons” são apenas sombras daquilo que está além, e
sombras fazem com que seja difícil ver. Os “maus” são bloqueios para a vista, e fazem com que seja
impossível ver. Não queres nenhum dos dois.
Esse é um dos exercícios principais e será repetido de vez em quando de forma um pouco diferente. O
objetivo aqui é o de treinar-te nos primeiros passos em direção à meta de separar o que é sem significado
daquilo que é significativo. É uma primeira tentativa no propósito de longo alcance de aprenderes a ver o sem
significado como estando fora de ti e o significativo dentro de ti. Também é o começo do treinamento da tua
mente para reconhecer o que é o mesmo e o que é diferente.
Ao usares os teus pensamentos para a aplicação da idéia para o dia de hoje, identifica cada pensamento
pela figura central ou evento que ele contém, por exemplo:
Esse pensamento sobre ____________ não significa nada. É como
as coisas que vejo nesse quarto [nessa rua, e assim por diante].
Também podes usar a idéia para algum pensamento em particular que reconheças como danoso.
Essa prática é útil, mas não é um substituto para os procedimentos mais casuais que devem ser
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seguidos para os exercícios. Contudo, não examines a tua mente por mais de um minuto aproximado.
Ainda és por demais inexperiente para evitar uma tendência a preocupar-te de forma inútil.
Além disso, como estes exercícios são os primeiros deste tipo, podes achar a suspensão de julgamento
em conexão com os pensamentos particularmente difícil. Não repitas estes exercícios mais de três ou quatro
vezes durante o dia. Nós voltaremos a eles mais tarde.





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